sexta-feira, 21 de outubro de 2011


ESCOLA BÍBLICA MANANCIAL

IGREJA CATEDRAL DA FAMÍLIA PROF. ESP. NILTON CARVALHO



TEMA: A CHAMADA E A VOCAÇÃO PARA O MINISTÉRIO; “Atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para o cumprires”... Colossenses 4.17b”

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Mostrar que TODOS os Cristãos são CHAMADOS para salvação e VOCACIONADOS para o SERVIÇO ECLESIÁSTICO, por Deus (Mt. 28:19-20);
Apresentar os conceitos de CHAMAMENTO E VOCAÇÃO (Ef. 4:11-12);
Trazer à tona a IMPORTÂNCIA DA CHAMADA, DA VOCAÇÃO, da participação da FAMÍLIA e da IGREJA LOCAL nesse processo e das NECESSIDADES QUE A OBRA TÊM DE OBREIROS (Mt. 9:37-38).


“Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: EIS-ME AQUI, ENVIA-ME A MIM”. ISAÍAS 6:8




INTRODUÇÃO

Com o advento da Graça, percebe-se que a chamada divina é coletiva, isto é, Deus chama todas as pessoas primeiramente para a Salvação (Mateus 11:28-30);

 Após salvação Deus nos chama para o trabalho cristão (Marcos 16:15); visto que a “Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros” (Mateus 9:37-38);
O QUE É CHAMADA?  Grego: κλητος [klêtos] (Adjetivo). Chamado, convocado, convidado para uma obra. κλητος [klêtos] aparece 11 vezes no N.T.: como ato de nomear sucessivamente as pessoas de um grupo;
É a ordem para o trabalho de “fazer discípulos de todas as nações”  ela é coletiva, isto é, trata-se de uma obrigação para todos os Cristãos salvos (Marcos 16:15); 

• O QUE É VOCAÇÃO? Na carta aos Gálatas, Paulo afirma que Deus o escolheu para a missão entre os pagãos desde o seio materno (Gl.1:15a): “Deus, porém, me escolheu antes de eu nascer e me chamou por sua graça”. “ESCOLHER”, em grego, se diz  (αφοριζο) AFORIZO, e tem o sentido de “separar”, “pôr de lado” de forma especial;
Outro verbo grego para “VOCAÇÃO” é (καλεοKALÉO que significa “CHAMAR” ou “CHAMADO ESPECÍFICO”, no sentido de “VOCACIONADO/VOCAÇÃO” palavra que Paulo usa em Rm 1:1; “chamado para ser apóstolo”;
Então, percebe-se que há a chamada para a salvação e a chamada para a vocação, que é a chamada específica de cada um dos crentes salvos. Por isso, Paulo exorta a Arquipo, “Atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para o cumprires”... Cl. 4:17;  Epafras era um bom obreiro, mas Arquipo não era Epafras (GOMES, 2003).


Parte I



  A IMPORTÂNCIA DA VOCAÇÃO DENTRO DA CHAMADA



a)Todos nascem com uma vocação natural. Vocação é uma tendência, um pendor, uma inclinação e um talento natural para fazer determinada coisa com aptidão, prazer e habilidade. É por meio da vocação que as pessoas exprimem suas habilidades e serviços na sociedade;

b) Quando nascemos de novo, Deus nos chama para uma vocação (I Co. 1.1A): O VOCACIONADO para o ministério é um enviado de Deus (Jo. 20:21), é um profeta ungido do Senhor (I Sm. 3:19-21). Ele é submisso e vai após o Senhor (Mateus 4.19-20);
c) Dois exemplos de chamados e vocacionados:
ABRAÃO: Gn. 12:1-3; foi CHAMADO para iniciar o plano salvífico  de Deus, sua obediência gerou a nação pela qual viria o Salvador; originou bênçãos para todas as nações da terra;
DAVI: I Sm. 16:11-13; sua CHAMADA E VOCAÇÃO tiveram  como consequências a queda do gigante Golias, a manutenção do plano salvífico de Deus e a construção de um templo permanente por seu filho Salomão.
PARTE II
a) A IGREJA LOCAL COMO AGENTE DA CHAMADA E DA VOCAÇÃO DIVINA: O agente principal que Deus usa para chamar, preparar, enviar, sustentar e acompanhar seus escolhidos é A IGREJA LOCAL (Atos 13:1-3);
b) OS OUTROS AGENTES - IGUALMENTE IMPORTANTES NESTE PROCESSO, SÃO A FAMÍLIA E OS MENTORES DE PASTOR:
   I. A FAMÍLIA: Um relacionamento honesto e piedoso com a família tem tremenda repercussão sobre o futuro do vocacionado. Famílias bem educadas serão um esteio para toda a vida do obreiro, especialmente do ponto de vista emocional.
v IGREJAS LOCAIS SAUDÁVEIS E AMOROSAS SÃO REFLEXOS DE FAMÍLIAS SAUDÁVEIS E AMOROSAS; Ef. 4:32; “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”. 

   II. OS MENTORES DE PASTOR: são os agentes de apoio que devem AJUDAR o vocacionado a desenvolver sua IDENTIDADE EM CRISTO. Disto dependerá o seu ministério Provérbios 13:14; O ensino do sábio é uma fonte devida para desviar dos laços da morte.
v Esses mentores são os discipuladores, lideres de grupos familiares, lideres de departamentos e qualquer cristão mais experiente na obra de Deus com autoridade para tal.



Conclusão




(veja o vídeo neste link acima)


É impossível um chamado e vocacionado ter sucesso sem que tenha vivido uma real experiência de arrependimento, encontro pessoal com Jesus e ter experimentado o perdão de seus pecados, uma convicção plena de salvação e de que foi selado com o Espírito Santo. Isso implica em três coisas básicas:
Relacionamento com Deus. Um obreiro precisa desenvolver a experiência de sentir o calor da presença do Senhor;
Relacionamento consigo mesmo. O obreiro deve ser saudável emocionalmente. Gente que se deixa ensinar e que pode trabalhar em equipe;

Relacionamento com a família. Não há sucesso ministerial com fracasso familiar.



Por fim: VOCAÇÃO, é uma chamada específica, para um trabalho específico; a vocação é um ministério, isto é, a pessoa que descobre a SUA VOCAÇÃO NA “SEARA” do mestre irá desenvolver o seu ministério com sucesso. Nem todos estão habilitados por Deus para serem Doutores, pastores, profetas, operadores de milagres e etc., mas apenas aqueles que Deus vocaciona para aquele fim que já está no seu coração (Efésios 4:11). Trocando em miúdos, todas as pessoas são chamadas para o trabalho na seara do mestre (Mateus 28:19), porém, cada pessoa precisa se encaixar de fato e de verdade na função onde Deus a REALMENTE quer e a chamou.

“Precisamos ser obreiros aprovados, a seara é grande e poucos são os trabalhadores” Mt. 9:37.




















sábado, 1 de outubro de 2011

Caros leitores este é o site da Web Rádio Catedral da Família, ouçam e recebam um farol de bênçãos em suas vidas: 














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quarta-feira, 10 de agosto de 2011


Jesus, o Messias - artigo teológico


Por Waldyr Carvalho Luz


Haverá em toda a extensão do mundo ocidental quem desconheça a palavra CRISTO, pessoa que ignore a quem se refere o termo? Não, por certo, a não ser que se trate de individualidade fora do normal. Contudo, poder-se-á dizer o mesmo em relação ao vocábulo MESSIAS? Evidentemente, não! Cifras elevadas de pessoas, até gente de culturaacentuada, terão não pequena dificuldade em definir o termo e dar-lhe a conveniente aplicação.

E quantos são aqueles que sabem que CRISTO e MESSIAS quer dizer a mesma coisa? Não há dúvida de que é parcela bem reduzida. Entretanto, assim o é.

CRISTO é termo de origem grega, MESSIAS é forma helenizada de palavra hebraico-aramaica. Ambas significam UNGIDO. Logo, historicamente, o termo CRISTO é tradução da palavra MESSIAS. A referência é às figuras do Israel Antigo que recebiam formal unção, consagração mediante o derramamento de óleo sagrado sobre a cabeça da pessoa que era assim divinamente comissionada para o exercício de função especial na vida do povo de Deus. Eram assim consagrados aqueles que tinham as prerrogativas do sacerdócio santo, do múnus profético e do governo teocrático.

Esta consagração era como que o selo do divino comissionamento. Naturalmente, no decorrer do tempo, veio a assumir sentido figurado, designando o termo o divino chamamento para encargo específico, ainda quando não houvesse tido lugar o cerimonial de consagração.

Desde os primórdios da história de Israel, o chamado povo eleito de Deus, havia a promessa de um vulto climático, o Ungido por excelência do Senhor, aquele que enfeixaria em sua pessoa a carreira a culminância da ação de Deus na história. Essa figura única, e sem par, objeto das mais sublimes esperanças de Israel e expressão mais vívida e acendrada da operação de Deus em favor de Seu povo era o MESSIAS.

É bem verdade que, na cegueira de seus sonhos terrenos e na obstinação de seus interesses materializados, veio Israel a nutrir uma expectação messiânica de todo pervertida, já que nos últimos tempos se polarizava na figura de guerreiro extraordinário a levar de vencida todas as forças adversas, pondo por terra o poderio do Império Romano que, então, avassalava a Palestina e implantando a supremacia de Israel sobre o mundo, rei cujo fastígio houvesse de superar a glória dos tempos áureos dos monarcas máximos do passado hebreu, Davi e Salomão.

Contudo, os seguidores de Jesus após as duras e paradoxais vicissitudes de Sua carreira e a despeito do patético drama do Calvário, ante a evidência da ressurreição incontestável e a poderosa manifestação do Espírito Santo, O reconheceram como o esperado Messias e nessa fé viveram e por essa fé batalharam, constituindo-a o centro mesmo de sua vida e ação.

Portanto, podemos sintetizar-lhes a fé na declaração singela mas absoluta: JESUS É O MESSIAS. Esse o credo todos os discípulos de Jesus. Esse o credo de todos os cristãos. Essa a tese básica dos quatro Evangelhos com que se abre o cânon néo-testamentárlo, o acervo de livros inspirados que constituem a segunda parte da Bíblia.

Jesus, o Messias !

Logo, quem pronuncia o binômio JESUS CRISTO já não está apenas afirmando que Jesus era ou é o Messias, dá-o como pressuposto. Claro é que na linguagem rotineira praticamente ninguém tem noção da sublime afirmação de fé implícita no título JESUS CRISTO, isto é JESUS, MESSIAS. Entretanto, esse é o sentido real, que se deveria fazer consciente no espírito de todos quando pronunciamos o sublime nome: JESUS CRISTO.

E de quanta significação se revestia esse título para o crente dos primeiros anos da Igreja! Significava, em primeiro lugar, o cumprimento das promessas do passado, a atualização de profecias impressivas, a concordância de predições multiformes com a realidade objetiva da vida e obra de Jesus, o Messias comprovado.

Através dos quatro Evangelhos se percebe a tensão constante entre a expectação messiânica alimentada pelo povo, expectação marcada pelos aspectos políticos e sociais, em moldes terrenos e materiais, e a noção escriturística de Jesus, em linhas puramente religiosas e espirituais. Insistia Jesus sempre no estrito ajustamento ao que Deus falara aos profetas e pelos profetas, que deviam ser entendidos segundo o puro sentido das Escrituras e não conforme as preferências ou deturpações de quantos liam os profetas segundo a projeção de suas ambições terrenas e esperanças humanas.

É evidente que haveria sempre aguda discrepância entre o ideal messiânico alimentado pelo povo em geral e a noção contida nos escritos proféticos e ensinada por Jesus. Longe estaria o Messias dos anseios populares de corresponder ao Messias vaticinado pelos profetas. E é exatamente isso que os discípulos de Jesus, dominados até o final do ministério do Mestre por expectações terrenas, acabaram, afinal, compreendendo.

Sim, Jesus, o humilde e sofredor peregrino da Galiléia, era o Messias dos Profetas! Sem triunfos espetaculares à frente de tropas aguerridas, sem poderio bélico de exércitos invencíveis, sem trono real e corte palaciana de nobres e purpurados, sem glórias humanas e grandezas deste mundo, ao contrário, pobre e desprezado, perseguido e maltratado, enfim, preso e crucificado, mas o Messias!

Mateus, o primeiro dos Quatro Evangelhos no arranjo atual dos livros neo-testamentários, que parece escrever diretamente para os judeus da Palestina, afeitos às Escrituras do Antigo Testamento, que aceitavam como a indisputável Palavra de Deus revelada, timbra em registrar aspectos da vida e da obra de Jesus que representavam direto cumprimento de profecias do Antigo Testamento. Vale isto por dizer que Jesus se credenciava como sendo o real Messias dada a admirável conformidade patente entre as predições proféticas e os fatos ora registrados.

Sem dúvida, Jesus era o Messias esperado em vista da maneira como nÊle se cumpriam as inspiradas profecias dos divinos mensageiros do passado!

Mas, em segundo lugar, significava o reconhecimento de que em Jesus de Nazaré, se patenteava corporalmente a presença de Deus atuando de modo poderoso e eficaz.

Como figura humana, talvez Jesus não se pudesse diferençar visivelmente dos que O cercavam em aparência e compleição. Era, ao que se mostrava, um homem como os outros. E, todavia, nÊle havia algo diferente! No quadro maravilhoso mas singelo e objetivo que os Quatros Evangelhos pintam, a figura de Jesus sobressai invulgar, possuída de autoridade única e manifesta superioridade, a infundir aos discípulos temerosos respeito e solene distanciação. Em Jesus reconheciam todos a grandeza de alma, a perfeição de caráter, a pureza de sentimentos, a harmonia do ser, a visão segura que O faziam de todos diferente e a todos imensamente superior.

E, como não poderia deixar de ser, reconheciam que em Jesus operava o poder de Deus como em ninguém! Em Jesus a presença de Deus se evidenciava natural, espontânea, inegável. E quanto mais de perto O acompanhavam, tanto maior se lhes fazia a certeza desse fato. Então vieram a perceber que a sublimicidade dos ensinos, a profundidade do ideal, a firmeza de propósito, a imprevisibilidade das reações, a paixão pelos necessitados, a coragem das decisões, a piedade inconcussa e a majestade serena com que desafiava os opositores, eram gloriosas expressões da presença de Deus na pessoa singela de Jesus, o suave rabino de Cafarnaúm.

E a conclusão única a que logicamente poderiam chegar era: na verdade este Jesus é o Messias, o Messias de Deus. Foi essa a natural conclusão a que chegou Pedro quando nas distantes regiões da Ituréia, argüido pelo Mestre, ao final do chamado segundo ministério da Galiléia, pôde afirmar sem restrições: "Tu és o Messias, o filho do Deus vivo" (Mateus 16:16). Por isso, também, Mateus, o evangelista, citando a profecia de Isaías em relação ao nascimento de Jesus, aplica-Lhe a segunda parte do versículo 14 do capítulo 7, nestes termos: “E chamar-lhe-ão o nome Emanuel, que, traduzido, é: CONOSCO ESTÁ DEUS" (Mateus 1:23)

Portanto, aos olhos da Igreja Primitiva Jesus Se demonstrava o esperado Messias porquanto manifestava em Seu ser e pessoa a inegável presença de Deus a operar em poder e autoridade ímpares.

E, em terceiro lugar, significava a certeza de que Deus, finalmente, consumava, na pessoa e na obra de Jesus o Messias, o plano de redenção de Israel.

Nota reiterada por Jesus, em ocasiões tantas e circunstâncias muitas, é a do epílogo doloroso e inexorável que Lhe selaria a carreira. Se, no entender de James Stalker, o primeiro ano do ministério de Jesus se pode chamar O ANO DA OBSCURIDADE, não muito conhecido ainda o taumaturgo de Nazaré, e o segundo O ANO DA POPULARIDADE, tal o impacto que causava por toda a Palestina e até além fronteiras, o terceiro é, sem dúvida, o ANO DA OPOSIÇÃO ou HOSTILIDADE, porquanto as forças religiosas, desde os fariseus intransigentes, que se tinham na conta da nata da religiosidade de Israel, com os escribas protensiosos, a elite cultural da sociedade judia, até os saduceus oportunistas, detentores do poder sacerdotal mas superficiais na fé, se levantavam concertadas em aberta resistência a Jesus.

E da resistência passaram à perseguição e da perseguição ao excídio. E assim é que, no mais sinuoso dos processos, autoridades judaicas levaram ao Calvário o Messias de Israel! Não havia harmonizar desfecho tão trágico e a dignidade messiânica.

Assim é que não poucos teólogos e historiadores não têm podido equacionar essas duas linhas tão díspares, negando, pois, a messianidade de Jesus. Os discípulos, porém, inda que tardos, vieram enfim a compreender toda a tessitura dos fatos e a perceber, à luz das profecias relacionadas com o Servo Sofredor, mormente no quadro que lhe pinta Isaías, que o Messias levaria a cabo a libertação espiritual do Israel de Deus, o povo eleito, mercê de Seu próprio sacrifício.

O Calvário não era, pois, o fadário do fracasso mas o selo da vitória. O Messias não era o potentado do Pretório, palácio do governo em Jerusalém, mas a vítima da Cruz. E a morte infamante do Messias era a garantia mesma de que Deus, o Deus dos Patriarcas e dos Profetas, o Senhor de Moisés e do povo, em Jesus, operava a realização do plano redentor anunciado desde o Éden. Desta sorte, a Cruz se constituía em evidência incontroversível de que Jesus era o Messias.

Jesus o Messias, atestado pelo cumprimento de profecias, autenticado pela evidência da presença de Deus em Sua pessoa e obra e confirmado pelo próprio sacrifício do Calvário, assim o criam os crentes primitivos.

E você, dileto ouvinte, crê de fato que Jesus é o Messias de Deus? É-lhe o termo CRISTO não mero qualificativo nominal mas a consciente afirmação de que Jesus é o Messias? Aceita-O, entregue-lhe a direção do viver e será também um eleito de Deus, cidadão do Seu reino, a louvá-lO para sempre e sempre, herdeiro da vida eterna e possuidor da bem-aventurança do céu. Amém.

O que uma esposa espera de seu esposo

o-que-uma-esposa-espera-de-seu-esposoDesde que Eva foi criada, muita coisa tem mudado na vida das mulheres, mas as coisas mais importantes, aquelas que nos trazem felicidade e realização, permanecem inalteradas por fazerem parte da essência da nossa feminilidade.
Ainda hoje, a esposa precisa que seu marido lhe dê três coisas que satisfarão as necessidades básicas do seu coração: segurança, liberdade e honra. E as três derivam do conceito do amor agape, o amor doador, sacrificial com que o marido é ordenado a amar sua esposa (Ef. 5:25).
O amor do marido traz segurança à esposa. É o amor que toma a iniciativa e o homem foi especialmente capacitado por Deus para ser o iniciador, o que busca, que corteja, que conquista, o que já faz parte da sua natureza. A mulher que é assim conquistada sente-se segura na sua feminilidade, na sua natureza mais responsiva.
O marido amoroso não apenas conquista o amor da esposa mas o alimenta através de atos carinhosos, como dar a mão a ela quando estão juntos; de palavras amorosas e elogiosas, pois sabe que a mulher é atraída pelo que ouve; de pequenos gestos e sacrifícios que para ele talvez nem façam muito sentido, como dar um presentinho, um ramalhete de flores, assistir a um filme romântico com ela ou planejar algum momento especial só para os dois; de respeito pela pessoa feminina que ela é, por sua maneira diferente de pensar e de se expressar.
O marido que trata a esposa como rainha terá uma rainha por esposa.
O amor do marido liberta a esposa. O amor doador nunca cerceia, antes visa a libertação da pessoa amada para ser tudo o que Deus a fez para ser. Ele não quer transformar a outra à sua própria imagem, mas se regozija na sua singularidade e beleza. “O amor edifica” (1 Cor. 8:1b), ajuda a esposa a crescer, a amadurecer, a revelar-se na sua essência. Reconhece seus dons particulares e encoraja-a a desenvolvê-los, provendo os meios para que ela possa fazê-lo, mesmo que isso envolva sacrifício pessoal. Ele não compele nem força, antes apóia, estende a mão, colabora.
O amor do marido honra a esposa. O amor do marido é como um manto sobre os ombros da esposa, símbolo de sua proteção e cuidado. Debaixo dele, ela sente-se valorizada, importante, respeitada por ser quem é, como é. Não precisa temer sua própria fragilidade nem o passar dos anos e a chegada das rugas e dos cabelos brancos, pois sabe que o marido vê nela a beleza que nunca diminui nem acaba mas que se renova e viceja a cada nova fase da vida.
O marido que ama a esposa como Cristo amou a igreja procura o aperfeiçoamento, o crescimento, o amadurecimento e a restauração da pessoa que sua esposa foi criada para ser, o que redundará em felicidade e gozo para ele próprio. Esse é o mistério do amor no relacionamento conjugal. Simbolizado pela redondeza contínua das alianças de ouro, ele dá início a um processo infindo de doação que conduz ao paradoxo de que é dando que se recebe, é doando a si mesmo que se cresce, é libertando que se liberta.
Fonte: Monergismo

quinta-feira, 7 de julho de 2011

1 CO. 13:13 O MAIOR É O AMOR
         Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes é o amor”.
          Neste versículo, vemos três pilares do cristianismo; “FÉ, ESPERANÇA E AMOR”, contudo, entre estes importantes sustentáculos de nossa crença, há um principal o “AMOR”.
INTRODUÇÃO
  • CONCEITO DE AMOR: Na língua grega a mesma em que foi escrito o Novo Testamento a palavra amor aparece em quatro formas conceituais distintas:
ü  1ª Éros: que indica o amor, como uma paixão entre um homem e uma mulher que se unem no calor de um relacionamento sentimental e físico, esta forma de amor exige algo em troca e é passional;
ü  2ª Phileo/Philia: que é o amor da amizade, da fraternidade, união e sinceridade entre pessoas parentas ou não;
ü  Storgé: é o amor familiar, descrevia um laço que devido ao nascimento ou parentesco determinava que uma família estivesse unida, porém hoje em dia esta forma de amor está quase caída no esquecimento, Storgé é o amor que não pode desaparecer;
ü  4ª Ágape: literalmente afeição por algo desejado, contudo esta forma de amor é altruísta, ou seja, tudo dar sem nada receber, jamais é egoísta, expressa afeição por aquilo que é amado, é eterno e quando aparece nas Escrituras se refere a Deus ou aos seus sentimentos por nós. Portanto, é o amor verdadeiro que durará para sempre. 

PARTE I

  • O amor deve está em nossas atitudes: tudo o que não for feito por amor, não tem um fundamento sólido.
  • Fé sem amor é apenas expectativa; sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11: 06); sem amor é impossível crer (1 Jo. 4: 7-12).
  •  Para ser um filho de Deus, é necessário amar (1 Jo. 5: 1, 2). Jesus resumiu os mandamentos em um só: o “Amor” (Jo. 13: 34, 35), pois se amamos os outros, como Cristo nos ama, então cumprimos o desejo de Deus.
  • Sem amor não existe esperança, como esperar um benefício de onde não se tem? Deus dá bênçãos aos que o amam (1 Co. 2: 9). Já na criação, Deus manifestou o seu amor pelo homem, pois a todas as coisas, chamou a existência; mas ao homem, formou segundo o seu amor, por isso, somos frutos do amor de Deus (Gn. 1: 26, 27).
  • O amor não é sentimento, mas sim atitude em Mt. 5:43-45 Jesus disse: “ Aprendestes que foi dito: Amareis o vosso próximo e odiareis os vossos inimigos. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus e que faz com que se levante o Sol para os bons e para os maus e que chova sobre os justos e os injustos”. 
  • Por amor, Deus entregou o seu próprio filho (Jo. 3: 16).
  • Quando amamos, perdoamos as faltas, superamos as diferenças e vencemos as barreiras. Só o amor nos faz superar nossas fraquezas.
  • O amor é o combustível da felicidade. Tudo que fizermos, deve haver amor; se falta amor em nossa vida, então há algo errado, pois Deus é amor (1 Jo. 4: 8, 16), se Ele é amor, nós como seus filhos, devemos amar e expressar o amor de Deus.
  • A grandeza do amor de Deus impeliu/inspirou o apóstolo Paulo a escrever o seu poema imortal que está em I Coríntios 13. Vejamos algumas das grandezas do amor: As suas virtudes Vs. 4; O seu comportamento Vs. 5,6; A sua resistência Vs. 7; A sua durabilidade Vs. 8; A sua grandeza Vs.13.
PARTE II
  • AS SETE FACES DO AMOR DE DEUS: 1. Amor sem interesses (Ef. 1: 4; Deus nos ama não pelo que somos; nem pelo que temos ou pelo que fazemos); 2. Amor sem discriminação (Deuteronômio 10:17); 3. Amor sem falsidade (Hebreus 13:8); 4. Amor com fidelidade (II Timóteo 2:13); 5. Amor compromissado (Números 23:9); 6. Amor com intensidade. (Jeremias 31:3); 7. Amor sacrificial (João 3:16).

CONCLUSÃO
         Deus é amor e tem se manifestado aos homens de diversas maneiras: Através de sua criação, da provisão, da saúde, e da vida. O amor de Deus foi personificado e provado na pessoa e na obra de Jesus Cristo, que veio e morreu pelos nossos pecados (Romanos 5:8,9).
         O amor de Deus nos dá a verdadeira razão de viver em um mundo de paz, fraternidade, sem ódio, sem violência. Você já pensou o quanto você é especial, amado e valorizado por Deus? Você tem correspondido a esse amor de Deus em sua vida, no trato com sua família e com o próximo?
         Deus ama porque é Pai e seus propósitos para nós são sempre os melhores e os maiores. Não deixe que os obstáculos impeçam você de ter uma experiência do amor de Deus em seu lar, nos seus relacionamentos e em sua vida pessoal. Hoje Deus quer curar os seus traumas e suas feridas, tirar as suas dúvidas, te dar esperança, Ele quer apagar e perdoar os seus pecados, quer fazer uma nova aliança com você, quer restaura os casamentos e os relacionamentos entre pais e filhos, entre irmãos entre Ele e você.
 Professor Nilton Carvalho é Historiador, Especialista em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás), Teólogo e mestrando em Ciências da Religião.